A trama! Leiam!
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A trama! Leiam!
A trama.
Leiam, se atualizem e fiquem atentos.
A noite estava fria enquanto ele andava por aquela floresta portando uma capa preta e um capuz com a função de ocultar sua identidade. Sabia que após aquele dia sua vida iria ser resumida em fugir e se esconder, mas ainda sim queria fazê-lo.
Sua deusa o esperava em uma árvore qualquer, vestia um vestido vermelho e ousado mostrando parte de sua perna em uma abertura lateral esquerda, o garoto nem deu atenção a esse detalhe, sabia muito bem que deusa das encruzilhadas gostava de confundir as pessoas.
— Demorei? — O garoto a perguntou sabendo que ela diria sim até mesmo se ele houvesse chegado antes dela.
— Um pouco, talvez. — Lhe deu um sorriso de canto e desviou o olhar. — Espero que tenha trago o que lhe pedi, não irei tolerar mais deslizes.
— Claro que trouxe, espero que seja exatamente isso. — O garoto lhe entregou um frasco contendo um líquido rosa.
A deusa riu e olhou novamente para ele ficando de súbito séria.
— Tem certeza que irá funcionar? — Peguntou.
— Se funciona nas flechas do cupido, por que não funcionaria em uma xícara de chá?
A deusa assentiu e virou as costas para o garoto.
— Lembre-se, isso nunca aconteceu.
E desapareceu em seguida como se nada houvesse acontecido, deixando o garoto sozinho.
***
O olimpo passava por mais uma tarde monótona. Deuses em seus trabalhos costumeiros: Aphrodite tendo novas fofocas, Ártemis dando fora em quem lhe cantasse, Ares sendo esquentadinho como sempre e Hermes estava de bobeira. Hermes, de bobeira?
O deus dos viajantes andava consideravelmente estranho nos últimos meses. Seu olhar era vago, não fazia seu trabalho direito e pensava que ninguém havia notado, apenas pensava.
— Hermes? — Falou uma voz feminina, a última voz que ele queria ouvir. — Posso falar com você, querido?
— Claro... — Respondeu o jovem deus.
— Você anda meio estranho ultimamente, o que está acontecendo? — Ela perguntou sentando-se ao seu lado.
— Aphrodite, é complicado e qualquer coisa que eu diga pode machucar muitas pessoas. — Ele a respondeu novamente, fitando o chão.
A deusa aproximou-se ainda mais e pôs a mão em sua cocha tentando chamar sua atenção. Em vão.
— Apenas me diga, posso tentar ajudar você...
— Não quero te machucar. — Ele falou por último e a fitou com os olhos marejados.
Ela levou seu polegar a bochecha dele, retirando a lágrima que descia dali.
— Não tenho medo de me machucar.
O deus suspirou, sabia que quando aquela conversa chegasse, iria ser difícil e ultimamente, havia estado mais próximo da deusa do que Éons atrás.
— Ares e Hécate estão tendo um caso. — Ele falou para ela e viu a reação que mais temia em seus olhos. A deusa do amor havia sido traída.
Ele viu os olhos dela se encherem de lágrimas ao mesmo tempo que ela levantou-se e lhe deu as costas. Ele foi atrás dela e a puxou pelo braço delicadamente.
— Espera... Não faz assim... Eu sei que tem algo de errado aí, algo estranho. Ares seria louco em te trocar por qualquer outra...
— Não Hermes. Não tem explicação, quem ama não trai.
A deusa o deixou sozinho novamente.
***
— Hécate, meu amor? — Ares estava saindo do banho apenas de toalha e encontrou sua amada com um vidro contendo um líquido rosa. — O que é isso?
No momento em que a deusa ouviu a pergunta, tratou de guardar o vidro no decote de seu vestido vermelho.
— Na-nada... Apenas um remédio para um velho amigo. — Ela sorriu e aproximou-se dele.
— Por um segundo eu pensei que era aquele troço das flechas de Eros... Sabe que aquilo é perigoso, não?
— Não seja ridículo Ares, não usaria aquele treco em você. — Lhe roubou um beijo quente e sem intervalo. — Mas nossa noite terá de esperar. Tenho coisas a resolver.
— O vidrinho tem algo haver com isso? — O deus quis saber.
— Talvez... Agora vá para a cama... Voltarei em breve. — Ela sorriu e lhe deu outro beijo, mordendo o lábio do deus desta vez.
***
Thanatos aguardava a deusa das encruzilhadas em um restaurante chique, ao contrário do que os outros pensam, ele não iria ter um encontro romântico, pelo contrário, estava ali apenas para negócios.
— Boa noite, deus da morte. — Ela falou com sua voz sedutora.
— Boa noite. Ainda me pergunto, por que queres tanto que eu faça isso? — Ele não aguentou esperar e lhe fez a pergunta que o estava incomodando a semanas.
— Simples, quero que tire Aphrodite do meu caminho... Ela ama Ares e todos sabem disso, ele também não tem coragem de terminar o relacionamento. Então, pedi a um aliado, uma forcinha. Vamos Thanatos... Não custa nada.
— O que eu irei ganhar com isso?
— Já imaginou quando Ares descobrir que também foi traído? Cabeças irão rolar e você terá alminhas ao seu dispor. Não vai jogar essa oportunidade pelos ares, vai?
O deus parecia hesitante em aceitar tal proposta. Mas logo deixou o bom senso de lado.
— Por quem eu farei a deusa do amor se apaixonar?
— Ah cara, não sei. Tenho que fazer tudo por aqui? — Ela parou por um momento e depois sorriu. — Que tal por um filho de Ares? Iria ser a guerra perfeita, pai contra filho.
O deus da morte finalmente sorriu e concordou com ela.
— Perfeito. Não demorarei, prometo.
— Ótimo, sem a deusa do amor no meu caminho, poderei ficar com Ares só para mim. — Ela sorriu, levantou-se e partiu voltando para os braços de seu deus da guerra.
***
Hermes sabia que não deveria ter contado nada para ela, então tentou procurá-la. Entrou em seus domínios sem permissão e percebeu que a deusa estava no banho mas, uma movimentação o fez entrar. Thanatos estava mexendo nas bebidas da deusa, pela proximidade entre os dois, ele sabia que ela sempre bebia uma ou duas doses antes de dormir e sabia muito bem o que ele estava fazendo lá: pondo o líquido rosa levemente conhecido dentro da garrafa preferida da deusa.
Ele sabia que se ela o bebesse, iria apaixonar-se iludidamente, não poderia deixar isso acontecer. Esperou Thanatos sair e foi em direção a bebida, teria de livrar-se dela o mais rápido possível e sem que a deusa o visse, ou iria ficar bem brava pela sua presença porém, foi tarde de mais.
— Hermes! O que está fazendo aqui? — A deusa falou as suas costas e ele foi pego de surpresa com a garrafa na mão.
— Não é o que está pensando, eu posso explicar!
— Acha que por que me disse que Ares está me traindo, poderia se aproveitar de mim?! — Ela falou bravamente.
— Não! Nunca foi minha intenção! — O deus tentava explicar.
— Devolva-me a garrafa!
— Não posso! — Ele esquivou-se.
— Devolva-me agora! — Ela falou com a voz estridente.
Nesse momento, a única solução que ele encontrou foi beber o líquido e proteger a deusa do que a mistura iria lhe causar.
E então, se viu apaixonado.
***
— E então, conseguiu? — Hécate estava frente a frente com o deus da morte, cerca de uma semana após o ocorrido.
— Bem, tive alguns probleminhas mas acho que o plano saiu melhor que o esperado.
— O que quer dizer com probleminhas? — Ela quis saber.
— Hermes entrou nos domínios de Aphrodite e bebeu o líquido no lugar dela, agora temos um corredor apaixonado. — Thanatos riu friamente.
— Hermes? — A deusa abriu um largo sorriso. — Nunca pensei que meu plano pudesse dar tão certo.
Ela sorriu e abriu uma garrafa de vinho para comemorar junto ao amigo.
***
No acampamento, quase nenhum campista fazia ideia do que estava acontecendo e principalmente, do que iria acontecer. Quase. O filho de Aphrodite havia sido pego por sua melhor amiga que, tentava a todo custo juntar as peças em seu quebra-cabeças para tentar encontrar razão e respostas para o que o amigo havia feito. E ela estava indo bem se, uma certa filha de Hécate não estivesse atrapalhando-a.
Octavia se aproximou de Melanie com esse único objetivo: não deixar a garota descobrir o que sua mãe iria fazer. Claro e obviamente que o amor materno sobre a garota o fez agir de tal forma e é claro que ela não iria deixar ninguém alcançar sua mãe, principalmente uma simples e ingênua filha de Hipnos.
Hermes- Deuses Olimpianos
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